21 junho 2019

FRANKENSTEIN - Mary Shelley | Resenha


Mary Shelley nasceu em 30 de agosto de 1797, em Londres, na Inglaterra, sendo fruto do relacionamento de dois escritores.
Ainda muito jovem, aos 16, fugiu de casa para viver um romance proibido com o poeta Percy Shelley, casado e pai de uma criança na época.
Mary sempre demonstrou uma personalidade forte e uma tendência para a escrita, mas sua obra-prima só foi lançada anos depois em circunstâncias bem curiosas.
No verão de 1816, o casal passou grande parte do tempo em reuniões, leituras e discussões na casa de Lord Byron (poeta britânico) em Genebra, na Suiça.
Certa noite, os convidados foram desafiados a criarem a história mais horripilante e pavorosa que pudessem imaginar. Foi aí que M. Shelley concebeu Frankstein ou o Prometeu Moderno, publicado anonimamente em 1818.
Todos acharam que o livro havia sido escrito por seu companheiro, afinal uma ideia como aquela não poderia ter saído da cabeça de uma 'jovem e linda mulher', conforme o pensamento da época.
Somente em 1823, com a ajuda de seu pai, a escritora publicou o romance em seu nome. 
Considerada a primeira obra de ficção científica da história, o livro narra a saga do Dr. Frankeinstein, um cientista que consegue a façanha de criar um homem a partir de vários cadáveres, mas que ao olhar para sua criação ao invés de se sentir orgulhoso, sente horror e repulsa pela figura monstruosa que vê à sua frente.
Intencionando jamais encarar aquele ser, ele passa a ser perseguido por ele e tem de lidar com as consequências de sua ambição e sede pelo conhecimento que levaram a criação de um monstro.
Apesar de cometer enormes atrocidades, o monstro acaba despertando a empatia dos leitores ao tentar justificar seus atos com argumentos como o vazio existencial e a solidão.
Enfim, o livro apresenta uma sucessão de tragédias que nos levam a refletir sobre os limites da ciência e ambiguidade do ser humano.
A edição da Darkside traz vários textos de apoio e mais quatro contos da autora, além de ilustrações que enriquecem a experiência de leitura. 
Também vale a pena conferir o filme biográfico de Mary Shelley na Netflix de mesmo nome.





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