RESENHA | Sonata ao Luar (Moonlight)

A Sonata para piano n.º 14, Op. 27 n.º 2, em Dó Menor, “Quasi una fantasia”, de Beethoven, data de 1801, período em que o compositor já se encontrava parcialmente surdo.

Ela recebeu o apelido de Sonata ao Luar, em 1836, quando o crítico Ludwif Rellstab comparou o seu primeiro movimento a uma noite de luar sobre o Lago Lucerna, na Suíça.

A composição tornou-se muito popular, servindo de tema para inúmeros filmes e romances, cerca de 74 titulos, dentre os quais estão : O Retrato de Dorian Gray (1945) e O Pianista (2002).

Não se sabe ao certo a quem Beethoven dedicou esta bela obra, alguns dizem que foi para sua pupila Giulieta Guicciardi, por quem esteve apaixonado, e cujo romance nunca foi aceito pela família da jovem.

A Sonata ao Luar é constituída de três movimentos: o 1o é melancólico, o 2o alegre e suave, o 3o é dramático.

As variações ritmicas e melódicas ao longo dos três movimentos representam os sentimentos experimentados por Beethoven ao longo de uma vida marcada por conflitos familiares, amores frustrados, conquistas proporcionadas pela arte, isolamento e depressão por conta da surdez e incompreensão por parte da sociedade.

MINHA EXPERIÊNCIA

O meu reencontro com esta canção se deu recentemente, em um dia de muito estresse e irritação. Eu estava com prazos apertados para a entrega da minha dissertação de mestrado, as ideias não fluiam, vivenciava o pior dos bloqueios criativos e para ajudar, havia um barulho infernal de marretas e furadeiras ecoando do prédio em construção nos fundos da minha casa.

Desesperada, fiz uma oração, respirei fundo e procurei no Youtube uma música que pudesse me ajudar a manter o foco. Digitei: "música clássica piano", cliquei em um vídeo qualquer e coloquei o fone de ouvido.

De repente, fui inundada por uma sensação que nem sei explicar, foi um misto de paz, tranquilidade, conforto e inspiração que me permitiram escrever, argumentar, refletir, criar. Era como se Deus tivesse me abraçado e soprado nos meus ouvidos todas as palavras que necessitava naquele momento. Assim, desenvolvi este carinho especial pela Sonata ao Luar, e agora, sempre que estou agitada, recorro a ela para organizar os pensamentos e acalmar o coração. 

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