05 agosto 2017

Poema Despedida



Estou me afogando
Neste mar de solidão
Meus pés estão tão frios
Quanto meu gélido coração

Fito minha mortalha
Ela sorri para mim
Branca, pura, rendada
Nunca a desejei tanto assim

Com um gesto fúnebre
Me despeço de ti
Corpo morimbundo
Não tente me impedir

Vejo uma luz
Os anjos esperam
por mim
Enfim terei repouso
Meu tormento chegou ao fim


Escrito por Míriam Navarro
Inspirado em Madame Bovary, de Gustave Fleubert

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