11 novembro 2016

REFLEXÃO | Saúde X Enfermidade

Todo mundo deveria incluir em sua rotina visitas periódicas a um hospital, pois é um dos poucos lugares que têm o poder de trazer à tona reflexões que geralmente são obstruídas pela correria do dia-a-dia. Neste fim de semana, estive em um. Não por vontade própria, mas por motivo de força maior. Não pela minha saúde, mas por uma ente querida. Durante as longas horas de espera por uma notícia, surgiram alguns questionamentos:
Onde ficam os “planos para o futuro” quando cada dia de vida é uma batalha a ser vencida?
Onde fica o “orgulho” quando é necessário usar fralda e depender de terceiros para comer, tomar banho e higienizar-se?
Onde fica a “mania de controlar tudo” quando se perde a consciência ou mergulha em coma profundo?
Onde fica a “ideia de ser insubstituível” quando se está impossibilitado de cumprir as obrigações rotineiras?
Onde fica o “conhecimento” quando tudo o que se precisa é de um milagre?
Onde fica o “preconceito“ quando toda ajuda é bem-vinda?
Onde ficam os “caprichos” quando não se pode exigir nada?
Onde fica a “vaidade” quando não se pode escolher o que vestir, calçar, usar?
Onde ficam as “posses” quando se sabe que a saúde não pode ser comprada?
Onde fica o “imediatismo” quando tudo o que se pode fazer é esperar?
Onde ficam os “compromissos inadiáveis” quando não se pode sair do lugar?
Pois é, meus amigos! A vida é um conceito polissêmico, que muda de significado a cada nova situação enfrentada. O que um dia pode ser prioridade, no outro pode não ter a menor importância. As convicções que se tem na saúde podem ser abruptamente estilhaças pela enfermidade. Valorizemos os pequenos benefícios de que desfrutamos diariamente. Cultivemos os laços familiares, os amigos, a humildade, a fé e a dependência divina.



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