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"Auto-retrato" 1889, óleo sobre tela, 65x54 cm, d'Orsay |
"Eu não quero pintar quadros, quero pintar a vida."
Vicent van Gogh nasceu em 30 de março de 1853, em Brabante, Holanda.
Quando criança, teve grande contato com
a natureza, gostava de colecionar plantas e insetos. Tinha acessos de fúria ao
se sentir o centro das atenções ou ser elogiado. Tinha poucos amigos, gostava mesmo
era de ficar sozinho com seus livros.
Aos 12, foi enviado para um colégio
interno e aos 16 foi trabalhar na Galeria Goupil, a convite do tio. Morou em
Londres e Paris, gostava de visitar museus e admirar as obras de arte.
Tinha uma relação muito próxima com o
seu irmão Theo, a quem inscreveu mais de 600 cartas relatando seu cotidiano e
processo artístico. Mais tarde, essas cartas se tornariam a maior coleção de
registros sobre a vida do pintor.
Aos 20 anos, o trabalho na galeria já
não lhe interessava e o seu temperamento explosivo começou a prejudicar os
negócios, o que culminou em uma demissão.
A partir deste fato, van Gogh iniciou
uma saga em busca de sua verdadeira vocação. Trabalhou como professor, vendedor
de livros e até pastor, mas não alcançou êxito em nenhuma atividade. Então, aos
27 anos, decidiu finalmente dedicar-se à pintura, que até então era apenas um hobby,
contando com o apoio financeiro do irmão.
Recebeu muitas críticas, diziam que ele
era um vagabundo sem talento, mas Vicent seguiu em frente estudando e se
esforçando para ser um bom pintor, pois dentro si ardia o desejo de fazer algo
realmente grande.
Ele destacava-se dos pintores de sua
época pois não atentava para as regras das escolas de arte e sim para os
sentimentos que queria expressar em suas telas. Viajou para várias cidades
europeias em busca de inspiração. De volta à Paris, teve contato com artistas
japoneses que influenciaram seu modo de pintar.
Em Arles, sul da França, viveu um
período de intensa criação, produzindo alguns de seus mais importantes quadros
como: Os Girassóis, O Semeador e Café Noturno.
Sua excentricidade assustava as pessoas,
todos pensavam que ele era louco e recusavam-se a servirem de modelo para ele,
exceto o carteiro Joseph Roulin, que se tornou um grande amigo e admirador de sua
arte.
Na mesma época, alugou a famosa Casa
Amarela com a intenção de criar uma espécie de associação de pintores e
convidou o amigo Paul Gauguin para morar com ele, mas as divergências
artísticas acabaram separando-os. Van Gogh era tão impulsivo que em uma das
brigas chegou a cortar a própria orelha, fato que terminou com a internação do
artista em um sanatório. Mesmo assim ele continuou pintando, sempre sob os
cuidados do irmão Theo, maior incentivador de sua arte.
Algum tempo depois, mudou-se para
Auvers-sur-Oise onde passou a viver sob a supervisão de um médico. Além das
crises nervosas, Vicent sofria de uma depressão profunda que o levou a tirar a
própria vida com um tiro no peito, aos 37 anos de idade.
Vicent van Gogh jamais foi reconhecido
em vida, muitas de suas obras foram queimadas, sucateadas ou simplesmente
abandonadas pelo próprio pintor. A fama só chegou décadas após sua morte e hoje
suas obras valem uma fortuna!
*Baseado no livro Todas as cores de Vicent van Gogh, da editora Ática.
Em breve será lançado no cinema o filme "Loving
Vincent", que contará a história do pintor. As expectativas são grandes pois
será o primeiro longa metragem de animação feito totalmente em óleo sobre tela.
Confira o trailer!
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