02 setembro 2017

RESENHA | A Moreninha - Joaquim Manuel de Macedo




Ficha Técnica
Livro: A Moreninha (1844)
Autor: Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882)
Editora: Nova Fronteira
Ano: 2017

Sobre a obra
Escrita durante o Segundo Reinado, período de estabilização política e formação cultural do Brasil, A Moreninha inaugura uma modalidade de romance denominada "pequeno realismo", por retratar a classe média e burguesa ascendentes no país, acarretando a identificação do público com as personagens. Tratando de temas como o amor puro, a virgindade e a luta vitoriosa do bem contra o mal, a obra tornou-se um best-seller. 
A Moreninha é considerada o primeiro mito sentimental genuinamente brasileiro, por trazer uma heroína morena e zombeteira, que desbanca as loiras e pálidas (esteriótipo europeu).

Sobre o autor
Joaquim Manuel de Macedo nasceu em Itaboraí-RJ, em 24 de junho de 1820. Foi médico, jornalista, político, professor, preceptor dos netos de D. Pedro II e o autor mais lido de sua época. É patrono da cadeira número 20 da Academia Brasileira de Letras.

Resumo
A trama se inicia com uma conversa entre quatro estudantes de medicina: Fabricio, Leopoldo, Filipe e Augusto. Filipe convida os amigos para passarem o feriado de Sant'Ana na casa de sua avó, em uma ilha. Para convencê-los diz suas belas primas e irmã estarão presentes: Joana (a pálida), Joaquina (a loira) e Carolina (a Moreninha). Augusto zomba da situação dizendo que se fosse, terminaria apaixonado pelas três, mas não se deixaria enredar nenhuma.
Então, os três amigos apostam que apenas uma moça da ilha será capaz de conquistar seu coração e caso isso acontecesse, ele seria obrigado a escrever um romance.
Fabricio confidencia a Augusto que conquistou D. Joana, mas deseja livrar-se dela e pede sua ajuda. Augusto recusa e Fabricio promete vingar-se denegrindo sua reputação perante as moças.
Na ilha, os rapazes são recepcionados por D. Ana e suas meninas. Carolina chama a atenção com sua irreverência. Durante o jantar, Fabricio revela a inconstância de Augusto no amor, acabando com a possibilidade de ser um bom pretendente para as garotas.
D. Ana não acredita em Fabricio e procura Augusto para esclarecer a situação. Augusto diz que seu coração já tem uma dona e no interior de uma gruta confessa que aos treze anos conheceu uma garota, mas antes que se apresentassem formalmente foram interrompidos por um pedido de socorro. Numa casa próxima de onde conversavam, um homem morria. O moribundo perguntou ao casal o que traziam consigo, Augusto apresentou um alfinete de camafeu e a menina um botão de esmeralda. O moribundo pediu à sua mãe que costurasse os objetos em dois breves: um branco e outro verde. O casal trocou os objetos e jurou amor eterno. Augusto confessa que nunca mais viu a menina e desde então não teve sorte no amor.
Entre bebidas, doces e conversas, Augusto interessa-se cada vez mais pela Moreninha, apesar de seu desdém por ele. Com o passar dos dias, os dois vão se aproximando e ao fim do feriado estão apaixonados. Augusto volta para sua rotina de estudos mas não consegue parar de pensar em Carolina, chegando a adoecer por sua causa. 
Ele retorna à ilha, declara seu amor e sente que é correspondido mas surge um empecilho: Carolina sabe do camafeu e da esmeralda e tortura o rapaz por causa de sua promessa.
Quer saber o desfecho desta estória? Leia para descobrir!!

Comentário
Ganhei este livro do meu querido pai, grande incentivador das minhas leituras, desde a infância. Trata-se de um romance belo, puro, encantador e divertido, um clássico da literatura brasileira que deve ser lido e propagado às novas gerações devido à sua grande importância histórica.

Filme A Moreninha no Youtube




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